quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Skyward Sword - Primeiras impressões (Muitos spoilers)

Então, eu estou jogando Skyward Sword, há pouco mais de um dia na verdade. Não terminei, nem sei se estou perto ou longe. Até agora, a experiência do título só veio me agradando mais e mais. Mas, pretendo entrar em detalhes nisso. Para conhecer as impressões iniciais e as recorrentes, veja o texto depois da quebra.
O começo do jogo
A apresentação de Skyward Sword me pegou de surpresa. A introdução à história do jogo, diferente de todos os outros jogos da franquia, é apresentada logo de cara, antes mesmo da tela título. O modo como a história é contada é algo que já vimos antes, como na introdução de The Wind Waker (que é o exemplo mais memorável e semelhante). A introdução em si é algo que me deixou impressionado. A história contada se mostra bem grave, e é contada de forma tão simples que é fácil de entender. Claro, ela não foi colocada ali sem nenhum motivo especial. Não vou revelar qual o motivo, óbvio, mas vai ser importante conhecê-la para entender um pouco do que aconteceu e de porque as coisas ficaram do jeito que ficaram.

Agora, quanto à tela de título... Quando eu a vi pela primeira vez, passei um tempo a observando, para ver se  viria algum movimento, mas não. A tela de Skyward Sword começa com o logo do título e os céus à distância, isso somado ao som do vento. Passei alguns segundos me perguntando o porque disso, até que eu percebi. O diretor do jogo é o mesmo de The Minish Cap, que possui uma tela de título parecida.

Logo depois de escolher o arquivo e o nome (com a mesma música que ouvimos há anos), a primeira coisa que vi foi a imagem abaixo:


Claro que senti um tanto de estranheza, afinal, nunca imaginei que essa imagem daria as caras no jogo. Mas, no fim, ela não afeta nada, e só comprova que Skyward Sword é o jogo que realmente comemora os 25 anos.

A história até onde eu vi
Bom, eu nunca condenei a história de Skyward Sword, mas eu não sabia muito o que esperar. A primeira cena, com a "baleia-demônio" (vou ficar com esse nome, certo?), seguida pela pequena introdução a Skyloft, uma curta cena de Zelda e seu pássaro, e o mesmo pássaro indo até Link. O modo como a carta de Zelda é entregue a Link foi, como dizer, "fascinante". Uma boa coisa que notei é que, diferente de Twilight Princess, Skyward Sword tem uma atmosfera leve e, porque não dizer, divertida. O ar em Skyloft, pelo menos nas cenas as quais assisti, sempre tinham um ar leve, de felicidade, mas, claro, isso é no geral. A boa coisa é que, até mesmo as cenas de situações mais graves conseguiram manter esse apelo de leveza e naturalidade. Na verdade, para mim, ver as cenas de Skyward Sword é como ler um bom livro, você quer continuar lendo até o final.
Agora, apesar de, nos primeiros minutos, as cenas realmente terem uma longevidade considerável (mas com algumas colocações de humor), ao decorrer da parte introdutória, as cenas vão ficando mais e mais curtas.
E outra, jogando, percebi a quantidade de spoilers que acabamos por receber nos dias pré-lançamento, especialmente sobre Ghirahim.

O jogo em si
Quando consegui controle de Link em seu quarto, é óbvio que a primeira coisa que fiz foi checar os controles. O movimento era bem semelhante à versão Wii de Twilight Princess (que, cá entre nós, era de se esperar), mas, existiu um ponto que me deixou surpreso: Skyward Sword não faz muito uso do Infra-vermelho do Wii. Para mirar (ou apenas olhar, com o botão C), você precisa apenas mexer o Wiimote na direção que você deseja ver, e não mirar na tela e apontar. Obviamente, me atrapalhei bastante com isso, mas consegui me acostumar em poucos minutos. A próxima coisa que fiz, quase que imediatamente foi reduzir a barra de stamina até o zero, para ver quais seriam os efeitos. Foi do jeito que eu esperava: Link de fato ficou mais lento (bem mais lento, quase parando). Cheguei à conclusão: ficar sem stamina no meio de uma luta não seria muito legal. Depois de dar uma rápida explorada pela academia, cheguei em Skyloft.



Muito bem, ao andar por Skyloft, percebi o quão o lugar é grande, tão grande, que eu acabei me perdendo (engulam os risos). Quando haviam nos dito que Skyloft era a maior cidade de todos os jogos Zelda, eles não estavam mentindo. O lugar é imenso! E o mais legal é que essa não é uma cidade como, vejamos, a Hyrule Castle de Twilight Princess. Quase todos os prédios são acessíveis, e, apesar de não existirem tantos personagens andando pela cidade, todos os disponíveis podem falar alguma coisa.

Agora, o mapa não aparece na HUB do jogo (interface, onde ficam aparecendo os controles). Ao invés disso, ele aparece completo e super-detalhado ao se pressionar o botão +. Claro, achei essa uma boa pedida, afinal, o jogo me incentiva a olhar o mapa mais vezes, e, bom, a troca de um mapa na HUD (que já estava exageradamente cheia) por um bem detalhado que deve ser acionado através de botões, é algo perfeitamente aceitável.

Pra finalizar essa parte do assunto, posso falar do visual. Nossa, como o jogo está belo! Os gráficos realmente lembram uma pintura em movimento, e isso se torna ainda mais claro quando estes estão à distância. No quesito visual, Skyward Sword está de parabéns.

Certo, mas vamos aos controles: estes são percebidos da forma que eu esperava, rápidos, responsivos e precisos o suficiente, especialmente no caso da espada. A funcionalidade do Nunchuck também me impressionou bastante. Por exemplo, o Shield Bash (golpe com o escudo) funciona do mesmo jeito que em Twilight Princess, só que ele vai mais rápido e, por alguma razão, se mostra mais suave também.
Outras mecânicas que envolvem os controles especiais do Motion Plus, tais como a de voo e de controle do Beetle são fáceis, e apenas requerem que você faça os movimentos certos (para essas mecânicas, basta mexer o Wii Remote como se você estivesse segurando um avião de brinquedo, por exemplo). Já as de mira podem parecer um tanto confusas e complicadas, além de não responderem bem logo de cara, mas não é nada que a técnica de recentralização não corrija instantaneamente. A experiência não fica com nenhum ponto negativo. Um outro ponto que considerei forte foi o fato de todos os tutoriais, ou pelo menos a maioria deles, serem opcionais.

Mas, se tinha uma coisa que vinha carecendo nos Zeldas de console de mesa nos últimos tempos era uma boa dificuldade. Skyward Sword tem aquela dificuldade média e agradável, daquelas que possui todo tipo de obstáculo que você possa imaginar. Quando fui enfrentar os Bokoblins, por exemplo. Por alguns instantes, achei que eles se deixavam abertos, mas não... Assim que a luta com eles começa, os inimigos fazem questão de já irem se defendendo, baseados na posição de sua espada. As Deku Babas, apesar de serem bem mais fáceis, não deixam de dar uma satisfação imensa quando derrotadas. Os inimigos normais do jogo realmente oferecem um bom desafio, e, querendo ou não, você vai ter de parar e pensar na forma de atacar, como em um quebra-cabeça.
Como eu já havia dito, não tenho muita noção da minha longevidade no título, portanto eu não entrarei em detalhes quanto aos quebra-cabeças do jogo.
Mas, sigamos para falar dos chefes. Até agora, só enfrentei dois deles: Ghirahim e Scaldera, e devo dizer, são chefes poderosos. Quando fui enfrentar Ghirahim (ou Debbie, como ele havia sido chamado antes da E3 pelos fãs), eu fui com a crença de que ele seria simples, afinal, na época da E3 2011, só o que vimos foram vídeos de luta contra ele. Quando a luta começou, eu não fazia ideia do que era que eu estava fazendo. Os jogadores dos vídeos fizeram a luta parecer fácil, pois esta não era! Tive minha espada roubada duas vezes de mim, mas, quando peguei a manha (acreditem, demorou), consegui seguir feliz.
Já Scaldera, também um chefe muito bem pensado, me deixou perto da morte umas duas ou três vezes.

Isso me leva a pensar sobre a facilidade de morrer em Skyward Sword. O jogo começa e Link já tem seis corações, ao invés de três. Mas, pôxa, precisei muito deles. Cada inimigo dá, pelo menos, um golpe que arranca um coração. A quantidade desses já é mais escassa (é tanto que conseguir coração ao matar inimigo é difícil). Se não fossem as fadas que encontrei durante o jogo, eu teria morrido mais. Já vi a tela de Game Over umas duas vezes.


Mas é aquela, eu não posso terminar isso aqui sem mencionar Fi, a guia do jogo. Pra ser muito sincero, ela foi uma das inspirações a fazer esse texto. Vou ser direto: gostei da personagem, praticamente logo de cara. O seu estilo um tanto sombrio, mas sereno e tranquilo, é bem interessante. As falas de Fi, que parecem ser robóticas, mostram o quanto ela se "preocupa" com Link e com seu objetivo. Além disso, ao perguntar a seu "Mestre" se ele sabe fazer tal ação, e se ele responder que sabe, ela diz algo como "Eu já deveria saber. Me perdoe Mestre Link"; algo completamente em contraste com Midna (a Navi nem perguntava, falava logo de cara). Fi se mostra humilde e leal a seu Mestre, e isso a deixa, pelo menos pra mim, como uma personagem um tanto quanto marcante.

Bom, eu adoraria entrar em mais detalhes, mas isso aqui é só pra mostrar o que eu achei de certos pontos apresentados. A análise do jogo será feita com esses detalhes em mente (pelo menos eu espero). E você? Já jogou Skyward Sword? O que achou? Falou galera e até a próxima!

Um comentário:

  1. Eae galera do Hyrule Map! Parabens pelo blog, ele esta muito legal. Eu também tenho um site de Zelda: http://zeldaworldblog.wordpress.com/. Dê uma olhada!

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