Desde o lançamento de Tears of the Kingdom, muitos fãs de Zelda vem debatendo a respeito de como deve ser o futuro da franquia. Essas mesmas discussões ficaram bem mais intensas após comentários de Eiji Aonuma, o produtor de Zelda.
Seja afirmando que não há planos para DLC, ou informando que uma sequência direta é improvável, Aonuma está deixando bem claro que o futuro incluirá um novo mundo e, muito provavelmente, uma filosofia diferente por trás.
Não é incomum, curiosamente, encontrar pessoas que, mesmo apreciando os jogos mais recentes, sente um tanto de saudade do que a série era pré-Breath of the Wild.
Em uma entrevista à IGN, Aonuma não só reconheceu essa questão, como também apontou sua opinião a respeito.
PERGUNTA:
É interessante escutar você dizer isso porque uma das discussões que vi dentre fãs de Zelda é eles dizendo: "Puxa, eu sinto falta de Zelda mais tradicional e linear do passado." E estou me perguntando como você se sente com isso, considerando a direção da série a um design bem mais aberto e mais livre?
AONUMA:
Bem, eu acho que nós como pessoas temos a tendência de querer a coisa que não temos no momento, e há um pouco da mentalidade de "gramado mais verde". Mas eu também acho que com a liberdade que os jogadores tem em jogos mais recentes da série... Ainda há um caminho específico, que acontece que é o caminho que eles escolhem. Então eu acho que é uma coisa que eu gosto de lembrar a mim mesmo sobre os jogos atuais que estamos fazendo.
Mas, também é interessante quando eu escuto as pessoas dizerem isso porque eu fico me perguntando."Por que você quer voltar para um tipo de jogo onde você é mais limitado ou mais restringido nos tipos de coisas e nas maneiras que você pode jogar?" Mas eu entendo o desejo que temos pela nostalgia, então eu também entendo desse aspecto.
OPINIÃO:
OK, se me permitem o detalhe mais opinado agora... Bem... Hmm...
Muitas pessoas estão sendo bem negativas com essa resposta, mas, admito que consigo ver onde ele quer chegar (especialmente agora que traduzi tudo e tive tempo para ler e entender melhor o que ele disse).
O detalhe que mais me chama atenção é a parte do interesse por algo que não temos agora, o que, bem, é verdade! Os veteranos de vocês devem lembrar do interesse que havia surgido por um Zelda de mundo aberto, e de que a ideia foi tão grande e tão empolgante que, quando Breath of the Wild foi anunciado, deixou muita gente feliz.
Eu sou um dos que acredita que um Zelda mais linear seja uma excelente ponte entre dois títulos massivos da franquia (como os vários jogos que lançaram de 2017 pra cá), tendo um orçamento menor, e basicamente alimentando um pouco esse nicho.
Mesmo já tendo jogados vários títulos, acho que nenhum jogo conseguiu replicar Zelda tradicional da maneira correta. Há casos que vem em mente, como Ittle Dew e Blossom Tales, ambos tentando seguir nos mesmos passos de A Link to the Past, mas, nenhum deles tem exatamente o mesmo toque (sem querer menosprezar esses jogos, claro!).
Meu ponto é que, talvez, fosse bacana ter uma experiência mais cuidadosa e menos aberta, que seja mais fácil de consumir, vez ou outra. Não sei.
Os jogos de mundo aberto são muito bons, mas, se tem uma coisa que ficou horrivelmente clara na minha cabeça, ainda mais depois de Tears of the Kingdom, foi a seguinte: jogos podem ficar densos demais, e acho que nem todo mundo tem tempo para aproveitá-los do jeito que devem ser aproveitados. Ah bem, pelo menos dá pra jogá-los em várias partidas menores, hã? Hahaha... Ah... Alguns de nós estão ficando velhos...
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