sábado, 27 de janeiro de 2018

Top Zelda - Os cinco melhores jogos para novos jogadores

Algo que percebi nos últimos dias é que eu passo muito tempo falando sobre Zelda. Na verdade, as conversas mais comuns que estão ao meu alcance nas redes sociais, quando se fala de Zelda, isto é, geralmente já vêm de pessoas que já são fãs da franquia, ou que são fãs de algum jogo em particular.
Acabei notando que não há muita conversa relacionada a como introduzir Zelda a novos fãs, ou até mesmo quais seriam os melhores jogos para introduzir a franquia como um todo.

Bom, somei um com um, e cheguei à conclusão que bem que poderíamos aproveitar que estamos em um blog que fala quase que exclusivamente de Zelda para listar alguns títulos que seriam ótimos para qualquer um que tenha interesse em começar a jogar a franquia, mas, que ainda não sabe exatamente por onde começar.

Esse é o Link depois que eu conversei com ele sobre essa lista. Ele não disse nada, mas, eu acho que ele gostou. A Fi, por outro lado...

Como sempre, no entanto, eu vou apontar algumas condições para que um jogo seja candidato a entrar nesta lista:
  1. Não pode ser um spin-off, justamente por não ser algo que reflete o que a franquia é (ou seja, sem Hyrule Warriors, sem jogos do Tingle, e sem jogos de tiro)
  2. Jogos do mesmo estilo podem aparecer mais de uma vez (Link's Awakening e Oracle of Seasons, que tem o mesmo estilo gráfico, e de jogabilidade, por exemplo)
  3. O jogo não precisa ser necessariamente fácil, nem difícil! Os que aparecem nessa lista apenas precisam refletir de maneira fiel tudo o que a série representa como um todo.
Eu sei que isso tudo parece um tanto arbitrário, e um tanto solto, ao mesmo tempo, mas, confiem em mim! Vai fazer sentido. Vamos à lista!!


5. Breath of the Wild


Eu gostaria de começar dizendo que tive um tanto de dificuldade em adicionar Breath of the Wild nessa lista, pelo simples fato de ele não possuir o estilo tradicional de Zelda que nós esperamos, praticamente desde o A Link to the Past. No entanto, enquanto BotW realmente vai contra as expectativas do que faz um jogo de Zelda, entregando uma experiência bem nova para fãs da franquia, uma coisa que ele mantém de jogos anteriores é a sua identidade por meio de um mundo com personagens interessantes, uma quantia relativamente interessante de histórias de fundo e de espaço para teorias mais do que suficiente para carregar um canal de Youtube por uns dois anos.
Some isso ao fato de que o jogo, como um todo, é bem mais convencional dentro do mercado de hoje (e isso vai além do mundo aberto - mecânica de sigilo, uma chuva de buscas opcionais, diferentes roupas com diferentes status, por aí vai), e isso pode facilitar muito àqueles que ainda estão duvidosos quanto a entrar de cabeça na franquia. Nada melhor do que começar indo por algo que você conhece, não é mesmo? Ah, e Breath of the Wild é divertido pra caramba. Acho que esse é um fator importante, também.

4. A Link to the Past


Como muitos de vocês já devem saber a essa altura, eu não sou muito fã do A Link to the Past. No entanto, nem eu posso negar que o jogo é a mais pura representação do porque muitos de nós gostamos de Zelda pra começo de conversa. Em termos técnicos, ele é a planta de tudo o que Zelda seria no futuro (e continuou sendo até ano passado), mesmo que seja um tanto primitivo quando comparado aos demais. Ir a diferentes calabouços, passando por um mundo colorido e variado, enfrentando monstros, resolvendo quebra-cabeças, coletando diferentes itens para adquirir a Espada Mestre, e, a partir daí, partir em outra fase da jornada, até maior do que a última, a fim de derrotar uma encarnação do Mal. Por muito tempo, esse foi o principal rosto de Zelda, mesmo que com algumas mudanças e ajustes no meio do caminho.
Meu argumento é simples: se você gostar de A Link to the Past, é provável que você goste de muitos dos jogos que vieram depois.

3. The Minish Cap


Mesmo que A Link to the Past tenha sido a base de muitos jogos que vieram depois, como eu disse antes, também houveram algumas exceções à regra, e acredito que The Minish Cap é a mais forte dessas exceções.
Não apenas o jogo continua sendo um dos Zeldas portáteis mais bonitos até hoje (superando até mesmo os que vieram depois, em alguns pontos), como ele também pega a fórmula estabelecida em A Link to the Past (e aprimorada nos jogos portáteis que vieram desde então) e faz a sua própria versão dela, dando um gosto único e, ao mesmo tempo, familiar do que Zelda é.
Há também um foco um pouco maior em história, e o estilo no qual ela é contada, além das pequenas surpresas tanto provindas da trama quanto da jogabilidade fazem deste um jogo de entrada excelente para aqueles que ainda não conhecem Zelda.
Também ajuda que este jogo tem um mundo cheio de personalidade, e que é simplesmente maravilhoso de se viajar pela primeira vez.

2. Oracle of Seasons e Oracle of Ages


Vários pontos me incentivaram a colocar os dois Oracle na mesma posição, e em uma posição tão alta pra completar. Além da acessibilidade (ambos podem ser comprados na eShop do 3DS por um preço relativamente bom), tem também o fato de que ambos exploram dois pontos bem diferentes de Zelda a sua própria maneira. Oracle of Seasons, por exemplo, está mais próximo dos jogos pré-Ocarina, com uma história bem simples, e um foco bem maior em exploração e combate. Já o Oracle of Ages abraçou o futuro da série, com uma trama um pouco mais elaborada (completa até com algumas cenas de corte e surpresas e revelações bem curiosas lá pro final), mais foco em quebra-cabeças e desafios que exigem mais do que só um golpe de espada bem na cara. Somado a tudo isso, ainda se tem um pouco de customização na forma dos companheiros animais, que deixam a sua aventura um pouquinho diferente, e um pouquinho mais pessoal, dependendo de como você navega pelos jogos.
Justamente pelos dois jogos explorarem os dois lados tão bem, a minha recomendação é que se jogue os dois! Enquanto, sim, você terá em mãos uma aventura consideravelmente longa (ainda mais considerando o fato de que ambos os jogos podem ser ligados via códigos especiais para liberar mais conteúdo, o que inclui uma conclusão e um chefe final bem empolgante), você também terá a seu dispor uma aventura que não só será divertida, como também vai mostrar a você o melhor dos dois mundos.

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Antes de falarmos do primeiro lugar, existem alguns jogos que eu recomendo que viajantes de primeira viagem NÃO experimentem até conhecer o resto da franquia. Os jogos listados a seguir não são ruins, mas, eles podem conter algumas ideias ou elementos que simplesmente não casam com o resto da franquia. Explicarei nos exemplos a seguir.

- Phantom Hourglass / Spirit Tracks
O período do DS foi um tanto esquisito para a Nintendo, e eles estavam com tanta vontade de mostrar ao mundo que o portátil tinha uma tela de toque, que eles praticamente fizeram com que quase todos os jogos de suas principais franquias tivessem controles por toque de um jeito ou de outro. Não foi diferente com Zelda, e o resultado foi um estilo de controle bastante desconfortável para aqueles que não estão abertos a entendê-lo. Obviamente, continuam sendo jogos divertidos, ainda mais o segundo deles, mas, Phantom Hourglass e Spirit Tracks são difíceis de recomendar por exigir uma mente muito aberta, e muita paciência, daqueles que querem jogá-los.

- Zelda II
Não estou falando de Zelda II aqui por ele ser a "ovelha negra" da família. Na verdade, se tem um jogo ruim, falaremos dele ali na frente, mas, certamente não é esse. Por mais que o segundo jogo da franquia tenha feito um trabalho excelente em ampliar o universo ainda em construção, e tenha vários méritos próprios e bem merecidos, este não é um bom jogo para se começar, justamente por ser muito diferente de praticamente todos os outros jogos da franquia. 

- Four Swords
Esse jogo é uma porcaria se você for jogar sozinho na edição de aniversário, e arranjar mais algumas pessoas com cópias do jogo é mais difícil do que encontrar água em Mercúrio. Então, além de não ser acessível, ele também não é muito divertido... ... Simplesmente ignore esse.

- Tri Force Heroes
O Heróis da Força Tripla tem estilo, uma chuva de qualidades, a melhor trilha sonora dos jogos portáteis (isso está em debate, eu sei), e é bem divertido, mesmo que você esteja jogando sozinho. No entanto, por ser em multiplayer, e estar dividido em fases, ele não é um bom ponto de início. 

- Skyward Sword
Eu gosto de Skyward Sword. Na verdade, foi um jogo que me deu muitas alegrias, e que conta com alguns dos momentos mais épicos de toda a franquia, sem falar nos passos à frente que ele deu em termos de narrativa. No entanto, sua linearidade e o uso pesado de controles por movimento impedem que ele seja um bom ponto de partida. É certamente um jogo que eu recomendo, assumindo que você esteja aberto a entender e praticar os seus controles, mas, não para começar.
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E, agora, vamos ao primeiro lugar.
Os melhores exemplares de Zelda, na minha opinião, são os jogos 3D. Não só eles contam com mais ambição do que os títulos portáteis, eles também costumam ser os grandes pontos de encontro entre fãs de Zelda tanto por suas qualidades quanto por seus momentos únicos e/ou especiais (que podem, ou não, ser hilários).
E, bem, ao invés de escolher o Ocarina of Time para OUTRA posição de primeiro lugar, dessa vez eu decidi usar a cabeça e pensar em qual jogo melhor representa tudo o que os Zelda's 3D pré-Breath of the Wild representavam, e a resposta praticamente veio sozinha.

1. Twilight Princess

 
De todos os jogos 3D, acredito que o Twilight Princess é o melhor para começar sua viagem por Zelda, e por motivos bem simples, também! Com uma breve análise, esta aventura em particular não só engloba tudo o que os outros jogos fizeram de diferentes maneiras (o Dark World do A Link to the Past, a transformação de Majora's Mask, as raças e panos de fundo do Ocarina of Time etc.), como também faz tudo isso sem nenhuma adição muito arriscada ou exagerada (como controles complexos ou desconfortáveis, por exemplo). O único pecado do jogo, ao menos em termos de ritmo, é a sua introdução relativamente longa (e relativamente entediante). Aguente firme com essa introdução, pois, se o fizer, você verá se desenrolar um universo bem interessante, e terá uma noção saudável de como Zelda funciona, e do quão grande e curioso é o universo que a franquia estabeleceu em seus trinta e dois anos.

E esses são os cinco jogos que mais recomendo para os iniciantes na franquia! Aproveite para compartilhar essa lista com aquele amigo ou amiga que ainda não sabe por onde começar a jogar Zelda. E dê um alerta especial também pros jogos que eles não devem jogar primeiro.
Vamos aproveitar a deixa e perguntar: que jogos vocês recomendariam que iniciantes jogassem, ou não jogassem, primeiro?
Obrigado pela atenção, e até a próxima!

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