Biografia - Princesa Zelda (Ocarina of Time)

[Spoilers, leia por sua conta e risco]

NOME: ZELDA NOHANSEN HYRULE*
PRIMEIRA APARIÇÃO: OCARINA OF TIME
ÚLTIMA APARIÇÃO: MAJORA'S MASK (CAMEO)

Assim como os outros membros da família real de Hyrule, Zelda era uma descendente daquela com o Sangue da Deusa. Como princesa do reino, e guardiã de um poder eterno, suas obrigações e deveres surgiram muito cedo.
Desde pequena, Zelda recebeu treinamento constante para sua vida de princesa, e de eventual rainha, e, por conta disso, o mundo lhe pesava nos ombros.
Apesar de tantas obrigações, nada a impediu de continuar sendo uma garota sonhadora e otimista, e quem contribuiu muito para isso foi sua tutora e ama, a Sheikah Impa, com quem Zelda firmou uma grande amizade, e quem passou a ser uma figura materna a Zelda depois da triste morte da boa Rainha de Hyrule.

Durante uma noite mais escura do que o comum, Zelda teve um sonho profético. No sonho, o reino de Hyrule estava sendo ameaçado por sinistras nuvens negras, que deixavam a terra em absoluta escuridão. Na hora mais escura, uma luz cegante surgiu da floresta ao sul do reino, e sua fonte era um jovem rapaz com uma pedra verde em sua mão.

No dia seguinte, Zelda foi conversar com Impa sobre seu sonho, e descobriu da existência das Pedras Espirituais, três tesouros protegidos por três diferentes tribos de Hyrule. Ao pesquisar sobre o assunto, a jovem princesa descobriu, também, que essas pedras, juntas de uma antiga relíquia da Família Real, a Ocarina do Tempo, faziam grande parte da lenda do Herói do Tempo, um guerreiro lendário cuja história ainda estava por passar.
Apesar de compreender de onde viera a tal pedra de seu sonho, ela ainda não havia compreendido o que significavam as nuvens, nem o rapaz.

Alguns dias depois, o reino recebeu a visita oficial do Rei das Gerudo, um homem excepcionalmente misterioso, chamado Ganondorf. Apesar de suas aparentes boas intenções, havia algo errado nele. Zelda não pôde deixar de perceber que, nos olhos daquele Rei, havia uma faísca de ódio, algo que ela nunca sentiu antes, e que jamais esqueceria depois daquilo.
Foi perante Ganondorf que Zelda compreendeu o significado das nuvens negras de seu sonho, algo que sua ama Impa não pôde deixar de concordar, ao perceber o desdém e aparente arrependimento que as guardas que acompanhavam o Rei Gerudo possuíam perante ele.

Ao conversar com seu pai sobre o assunto, no entanto, o Rei de Hyrule não a levou a sério, acreditando que Zelda estava apenas se sentindo intimidada com a presença de Ganondorf, e a aconselhando a não temê-lo, já que ele estava lá por motivos diplomáticos.

Mesmo com o aviso de seu pai, Zelda não desistiu, e continuou observando Ganondorf. Enquanto ela o espionava através de uma janela no jardim do castelo, Zelda foi encontrada por um garoto de roupas verdes, aparentemente vindo da floresta. Ao conhecê-lo melhor, ela descobriu que ele carregava consigo uma pedra verde, a Pedra Espiritual da Floresta. A princesa ficou feliz com aquele encontro, e conversou com o garoto sobre o seu sonho e sobre suas suspeitas em relação a Ganondorf.

O garoto, que se chamava Link, a escutou atentamente, e decidiu que iria ajudá-la saindo em busca pelas outras Pedras Espirituais, enquanto Zelda ficaria no castelo e protegeria a Ocarina do Tempo de Ganondorf. Com a ajuda de Impa, que assistiu tudo, e manteve esse segredo com Zelda, Link partiu em busca das outras pedras.

Nos dias que passaram, Zelda esperava pelo retorno de Link com grande ansiedade. Não ajudavam, no entanto, os rumores dizendo que os Gorons e Zoras, guardiões das Pedras Espirituais, estavam passando por dias difíceis. Zelda manteve-se firme em sua tarefa, e ficava sempre com a Ocarina do Tempo em mãos. Ela também pressentia que algo horrível aconteceria no futuro, e, temendo que não veria Link a tempo, ela usou os poderes com os quais havia nascido para gravar uma mensagem telepática na Ocarina.

Foi em um dia escuro que o pior aconteceu. Zelda percebeu os guardas indo em direção aos portões com grande velocidade. Zelda correu até os aposentos de seu pai, e o descobriu arrumando suas coisas. Quando a viu, o Rei respirou aliviado, e a trouxe para seu lado. Ele explicou a situação para a jovem princesa: alguém estava atacando o castelo de Hyrule, e, certamente, não iria parar até que matasse o rei e a princesa.
Um guarda se aproximou para escoltar a família real, mas, Zelda, lembrando-se repentinamente que ainda esperava por Link, pediu a ele que procurasse pelo garoto e o direcionasse ao Templo do Tempo. Como que entendendo o que iria acontecer, o Rei permitiu que o guarda fizesse essa busca, e o mesmo o fez.
Os dois foram em direção ao estábulo, mas, antes que pudessem chegar até ele, foram surpreendidos por Ganondorf, a quem o Rei logo percebeu ser o autor daquele golpe. Sem pestanejar, ele entregou a mala que havia preparado para Zelda e a empurrou para longe, antes de ser agarrado pelo pescoço por Ganondorf, que exigiu saber onde estava a Ocarina do Tempo.

Zelda estava paralisada de medo, mesmo ouvindo seu pai ordenando que ela fugisse. Ganondorf usou sua magia para matar o Rei de Hyrule, e, logo quando ele virou sua atenção para Zelda, Impa surgiu das sombras, e atirou uma bomba de fumaça, conseguindo chegar a Zelda antes do Rei Gerudo.

Impa e Zelda correram até o estábulo, onde puxaram o Cavalo Branco da Família Real, e, com ele, galoparam para longe do castelo. Foi na cidade que elas perceberam que estavam sendo perseguidas por Ganondorf, também em montaria.

Impa aproveitou seus conhecimentos daquelas ruas para despistar o Rei Gerudo, e ambas saíram da cidade. Foram nos portões que levavam para o campo verde de Hyrule que Zelda percebeu Link, muito confuso com a tempestade que estava se formando, se aproximando. Como que por instinto, ela atirou a Ocarina do Tempo na direção de Link, e, junto de Impa, ela desapareceu na escuridão daquele dia.

Ambas se refugiaram em um abrigo feito pelos Sheikah, que seria o lugar perfeito para se esconder das forças de Ganondorf, ao menos por um tempo.
Foi somente quando ambas estavam seguras, que Zelda sentiu-se dominada por suas emoções, e chorou pela morte de seu pai. Ainda havia tempo para luto, então Impa apenas acalentou a jovem Princesa. Foi na tempestade de seus sentimentos que Zelda sentiu algo estranho tomando conta dela. A jovem princesa descobriu então que era a portadora da Triforce da Sabedoria. Apesar de aquilo ser uma grande bênção, e uma que não havia sido vista desde antes do firmamento do reino de Hyrule, Impa sabia que havia algo mais sinistro por trás daquilo, e algo que ela não hesitou em compartilhar com a Princesa: Ganondorf havia adquirido a Triforce, e era só uma questão de tempo até que ele dominasse Hyrule por completo.

Mesmo estando seguras das forças de Ganondorf, Zelda não queria apenas esperar enquanto seu reino sofria. Antes de sua humanidade, havia o seu dever como líder por direito daquele povo. Mais do que isso, Zelda queria estar pronta para o momento inevitável em que Ganondorf as encontraria.
Apesar de hesitante, Impa treinou Zelda com seu conhecimento de Sheikah, e, depois de alguns anos de treinamento árduo, Zelda havia se tornado uma ninja Sheikah. Para proteger sua identidade, no entanto, ela criou o alter ego de Sheik, o qual ela usaria daquele dia em diante até a hora certa.

Com seu treinamento completo, Sheik, assim como Impa, sabiam que Ganondorf não havia adquirido todo o poder da Triforce, e que, se ele havia conseguido chegar até o Reino Sagrado, onde a Triforce estava, isso significava que era só uma questão de tempo até o Herói do Tempo, o mesmo das lendas,  finalmente surgir.

Impa partiu novamente para Kakariko, enquanto que Sheik aproveitou sua nova liberdade para descobrir como Hyrule estava indo. As coisas, no entanto, eram até piores do que ela imaginava: os Gorons estavam sendo constantemente ameaçados, o reino dos Zoras havia sido congelado, cortando também o fluxo de água para o Lago Hylia, e monstros haviam invadido a floresta ao sul. Quando ela foi visitar o que restou da cidade de Hyrule, no entanto, fúria e dor tomaram Sheik.

Quando passaram exatamente sete anos da queda de Hyrule, Sheik notou uma estranha atividade no Templo do Tempo. Foi lá que Sheik viu uma figura se materializar do nada. Mesmo muito mais velho, ela reconheceu que era Link. Apesar de feliz em vê-lo novamente, ela teve de manter sua identidade em segredo, e, então, conversou com ele como se fosse a primeira vez. Foi vendo sua silhueta que ela percebeu que aquele era o Herói do Tempo tão esperado pelo povo de Hyrule. Sabendo de como a lenda deveria seguir, Sheik explicou ao Herói que ele deveria buscar pelos Seis Sábios, algo que ele, aparentemente, já sabia. O que o Herói não sabia, no entanto, era que o primeiro Sábio a precisar de sua ajuda era uma garota da Floresta ao Sul.

Em segredo, Sheik observou os passos do Herói, ajudando-o quando podia, mas sempre mantendo-se longe o suficiente para que ele não pudesse tocá-la; ainda não era hora. Ela também aproveitava seu tempo para explorar Hyrule e tentar ajudar aqueles que podia. Uma pessoa a quem Sheik ajudou foi a Princesa Ruto, que estava conseguindo sair do gelo eterno do Domínio Zora.

Sheik observou o mundo de Hyrule lentamente sair do controle de Ganondorf, e começar a ficar mais parecido com o que era em seu ápice. Ela sabia que estava chegando a hora em que o Herói deveria saber quem ela era.

Um dia, quando se reuniu com Impa para conversar sobre os últimos acontecimentos, mestre e aprendiz descobriram que um antigo mal que assolava a vila, o terrível Bongo-Bongo, havia se alimentado das trevas do mundo, e estava mais poderoso do que nunca. Apesar de tentarem pará-lo, mesmo com a ajuda do Herói do Tempo, elas foram incapazes de selá-lo novamente, e ele fugiu para o Templo das Sombras. Enquanto Impa e o Herói partiram para derrotá-lo, Sheik ficou na vila para ajudar a reparar os danos causados pelo monstro.
Ela ainda estava na vila quando ouviu o último urro de Bongo-Bongo, e sabia que todos estavam a salvo.

Quando o Herói do Tempo acordou todos os Sábios, Sheik o reencontrou no Templo do Tempo, e, vendo que ele havia adquirido grande experiência e sabedoria durante sua própria jornada, ela lhe contou mais sobre a lenda da Triforce, explicando que, perante a coragem que ele havia demonstrado, ele havia recebido a Triforce da Coragem. Foi então que Sheik revelou sua verdadeira identidade para Link.

Pela primeira vez em anos, Zelda revelou seu rosto, e usou seu poder de nascença para criar as Flechas da Luz, as mesmas que ajudariam Link a penetrar nas defesas sombrias de Ganondorf, o agora chamado Rei do Mal.
No entanto, um risco que Zelda havia esquecido de analisar aconteceu. Ganondorf assistiu a cena e, antes que ela pudesse fazer algo para impedi-lo, prendeu Zelda em um cristal impenetrável. Com a portadora da Triforce da Sabedoria sob seu poder, o Rei desafiou a Link que o encontrasse.

Tudo ficou escuro para Zelda.

Quando ela acordou, ela mal reconheceu o castelo no qual ela havia sido criada. Estava tão diferente... Tão diabólico... Ela sabia, no entanto, que estava na parte mais alta do castelo. Ganondorf estava na mesma sala, tocando um grande órgão, enquanto esperava pela chegada de Link.

Dentro de alguns instantes, o Herói do Tempo entrou pelos portões da sala, e, ao mesmo tempo, Zelda sentiu um formigamento em sua mão direita. O símbolo da Triforce brilhou em sua mão, assim como na de Link e, finalmente, na de Ganondorf. Com os três pedaços juntos no mesmo lugar, a Triforce estava se manifestando.

Zelda foi atirada de lado, enquanto o Herói do Tempo e o Rei do Mal iniciavam o seu combate lendário. Apesar de assustada por um breve instante, e em reverência ao perceber o que seria o clímax de uma lenda na batalha, ela logo percebeu que seu próprio poder seria capaz de lhe retirar daquele cristal. Ela se concentrou, e sentiu que ele começava a se desfazer.

Foi quando Ganondorf caiu que Zelda conseguiu desfazer o cristal, e ela se viu colocada entre o Herói e o Rei caído. Ali, ela percebeu que Ganondorf era apenas uma vítima de sua própria gula por poder, e, sem ter uma mente justa e poderosa para controlar tais poderes, ele foi incapaz de controlar aquilo que desejava. Antes de terminar seu pensamento, no entanto, ela e o Herói perceberam que, com seu último suspiro, Ganondorf estava destruindo o castelo, na esperança de destruir ambos.

Sem hesitar, Zelda e Link conseguiram fugir do castelo, e assistiram enquanto o último resquício do reino de Ganondorf caía em ruínas. No entanto, antes de ficarem confortáveis, um estrondo ecoou pelo vale inabitado.
Aproximando-se para verificar, Link ficou preso por uma barreira de fogo, e Ganondorf saiu dos escombros de seu castelo. Usando o poder da Triforce, ele se transformou em uma besta diferente de tudo que eles já haviam visto antes.
Zelda viu em horror quando, com um golpe inesperado, a besta atirou a espada sagrada que Link carregava consigo para fora da barreira, e se viu enfrentando o Herói novamente, agora em vantagem.

Sem hesitar, ela reuniu suas forças para derrubar a barreira enquanto Link e o monstro duelavam em um combate épico. Mesmo com todo o seu esforço, ela não conseguia desfazer a barreira. O poder de Ganondorf ia além da Triforce naquele momento. Era uma manifestação do mais puro ódio, e aquela nova forma apenas comprovava isso.
Mesmo sem a Espada que selava o mal, Link conseguiu distrair o monstro, e Zelda finalmente viu a chance para desfazer a barreira, chamando Link para que ele retomasse a Espada Mestre em mãos.

Mal o Herói adquiriu sua espada novamente, a barreira se reergueu, e ele se viu sozinho contra o monstro novamente. Desta vez, Zelda estava confiante de que ele seria o vitorioso, e usou sua oportunidade para iniciar o poder de selamento que ela carregava em suas veias.

Quando Link deu o golpe final, Zelda ativou seu poder e, com a ajuda dos Seis Sábios, selou Ganondorf no Reino das Trevas.

No ponto mais alto de Hyrule, Zelda e Link refletiram sobre o que aconteceu durante aquele tempo, e a Princesa decidiu que era hora para o Herói voltar para o seu próprio tempo, para viver a vida que lhe foi tirada, assim como ela deveria levar o reino de volta a sua antiga glória, agora como sua Rainha. Usando o poder da Ocarina do Tempo, ela fez Link retornar para o passado, enquanto ela, ao lado dos Seis Sábios, ficaria para trás.

Os céus de Hyrule ficaram claros pela primeira vez em sete anos, e Zelda protegeria o seu reino do que viesse.

EM OUTRA LINHA DO TEMPO...
Quando Zelda estava espionando Ganondorf por uma janela do jardim, ela encontrou um jovem rapaz de roupas verdes, carregando uma pedra verde, como aquela em seu sonho.

 O rapaz, que se apresentou como Link, ajudou Zelda a convencer o seu pai da verdadeira natureza de Ganondorf, e o mesmo, antes que pudesse pôr seu plano em ação, foi preso e julgado sob leis de Hyrule.

Zelda e Link se tornam amigos durante o processo, e, quando ele precisa partir em busca de alguém que ele perdeu, a jovem Princesa lhe entrega a Ocarina do Tempo, sabendo muito bem quem ele era, e o que teria feito em outro tempo. Os dois se separam uma última vez, com Zelda crescendo para se tornar uma líder justa de seu povo.

QUANDO O HERÓI FALHA
Em outra linha do tempo, Zelda se viu obrigada a enfrentar Ganondorf e, junto dos Seis Sábios, ela inicia um processo de selamento. Apesar de o selo ser efetivo, muitas mortes acontecem em seu processo, e a linha de cavaleiros do reino de Hyrule é completamente destruída. Mesmo assim, Zelda se mantém firme e, eventualmente, se torna na Rainha de Hyrule.

LEGADO
O legado da Princesa Zelda é o legado da Família Real de Hyrule, que se mantém forte apesar de todas as forças malignas que atacam seu reinado.
Ela não seria a última a demonstrar os poderes de selamento conhecidos de sua família, e não seria a última a interagir com um Herói. 

*: O sobrenome "Nohansen Hyrule" foi utilizado pela primeira vez depois do lançamento de Ocarina of Time, então não se sabe se ele vale também para este jogo.