quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

The Legend of Zelda: Phantom Hourglass - Análise


Sabe o que é ótimo de se ter em um videogame? Um Zelda. Sabe o que é melhor do que isso? Um Zelda que explora todos os recursos daquele videogame. Phantom Hourglass faz parte deste pacote e honra muito bem o nome que leva com sua jogabilidade inédita, desafios engenhosos e chefes deslumbrantes.


Onde, quando e porque...
Há quem possa se espantar com a gigante semelhança de Phantom Hourglass com o polêmico The Wind Waker. Isso é algo que pode ser justificado, pois o jogo nada mais é do que uma sequência para The Wind Waker. Isso explica o porque de termos novamente um Link marinheiro.

Phantom Hourglass acontece alguns meses depois dos eventos de The Wind Waker. Link, Tetra e sua tripulação estão à procura de um navio amaldiçoado conhecido como The Ghost Ship. Ao encontrá-lo por acidente, Tetra decide embarcar nele para investigar. Depois de um grito, Link corre para embarcar no navio, mas, de alguma forma, acaba caindo no mar.

Depois que acorda, Link conhece Ciela, uma fada que vive na ilha de Mecay (a mesma ilha em que ele está agora). Ciela fala um pouco sobre a The Ghost Ship para Link, mas resolve admitir que um homem chamado Oshus sabe mais sobre o assunto. Eventualmente, Link acaba ficando nas mãos de um "aventureiro" chamado Linebeck (que, se me perguntar, é um trocadilho para a palavra Laid-back, que, no inglês, significa preguiçoso). Juntos eles partem em uma nova jornada para salvar Tetra e destruir a The Ghost Ship.



O que há de tão especial?
Além da história, que é boa, Phantom Hourglass não só faz uso da incrível exploração pelos oceanos vista no seu "antecessor" The Wind Waker e de vários outros elementos vistos em Zeldas anteriores, mas também usa e abusa das capacidades do portátil.

O recurso mais utilizado do DS é, sem dúvida, a tela sensível ao toque. Você precisará dela para fazer praticamente tudo: andar, pular, atacar, ver seus itens, salvar, trocar de item, avançar no diálogo e, principalmente, traçar percursos, fazer anotações, etc., etc... Esses recursos podem parecer bastante fúteis quando se lê sobre eles. Mas, quando se joga, é quase que imediata a necessidade de utilizá-los. Em vários momentos, você se verá obrigado a fazer anotações no mapa, para que possa ter acesso a elas sempre que precisar, e não ter que voltar todo um caminho para rever a informação. É claro que podem existir problemas, principalmente na hora de andar. Algumas vezes o jogo não consegue captar bem o movimento, e acaba fazendo algo diferente do que se queria fazer.

Em segundo lugar de coisas abusadas em Phantom Hourglass, temos a imensa utilização das duas telas. Enquanto a tela inferior fica para as anotações e o incontável número de outras coisas que podem ser feitas, a tela superior fica para a análise do mapa e das anotações feitas nele, visto que as telas se alternam quando você vai ver o mapa ou coisa assim. A utilização das duas telas é algo que se torna extremamente necessário em Phantom Hourglass, e isso é algo que se nota em apenas alguns minutos de jogo.

Um recurso menos abusado, mas ainda sim explorado, temos o microfone do DS, usado algumas vezes para conseguir algum item, ou apagar uma tocha. Isso se faz seguindo o que lhe é pedido: para apagar uma tocha, você deve soprar ao microfone, para chamar atenção de algum personagem, você deve falar e/ou gritar ao microfone! Legal, hã?

Há algo de desafiante para se fazer?
Desafio é o que não falta no jogo. A dificuldade merece destaque, colocando ênfase nessa frase quando se fala dos quebra-cabeças e dos chefes.

Existem quebra-cabeças no jogo que são bastante simples, outros que são um pouco mais exigentes, muitos deles exigem o uso da Stylus (a "caneta" usada na tela inferior). No entanto, existem quebra-cabeças que chegam a níveis absurdos de dificuldade, alguns são tão horríveis que, quando o jogador consegue finalmente descobrir, ele diz: "Como foi que pensaram em fazer isso?!".
Olhando por outro lado, os chefes do jogo ficaram bem mais interessantes com uma adição de dificuldade. Por possuírem mais desafio, os chefes se tornam mais legais de se combater e dão uma sensação de dever cumprido quando derrotados. Além disso, as estratégias usadas nos chefes são brilhantes e custam a serem percebidas algumas vezes.

Além disso, o jogo possui algumas buscas opcionais (conhecidas mundo afora como side-quests) que proporcionam um desafio sem igual. Caças a tesouros submarinos não são nem um pouco incomuns, muito pelo contrário! Há uma imensa variedade de tesouros a serem localizados e estão em áreas diversas dos oceanos.

Falando em oceanos, o jogo segue a mesma linha de The Wind Waker quando se fala em andar por aí. Todas as cidades, personagens importantes e algumas outras coisas estão localizadas em ilhas e, de vez em quando, navios. O modo de locomoção é o navio a vapor de Linebeck. "Como mover esse navio?" você pergunta. Ao chegar em mar aberto, o jogo irá colocar o mapa daquela região do oceano na tela inferior e vai pedir uma rota, que será seguida pelo barco de Linebeck quando traçada. É claro, você não é obrigado a fazer isso, mas ficar parado no meio do mar não é algo tão interessante, a não ser que você queira que a bateria de seu DS acabe de um modo tedioso...



O jogo é bonito?
Relativamente sim. Graficamente o jogo é belo, considerando o console e o ano em que foi lançado. Jogadores acostumados com gráficos belíssimos, de consoles HD ou até mesmo de alguns do Wii, podem sentir uma dorzinha no olho quando virem Phantom Hourglass, mas não é algo que pesa muito, ou que, pelo menos não deve pesar.

Já o som do jogo é dividido. Os efeitos sonoros são muito bons, relembrando bastante aqueles vistos em The Wind Waker (a "voz" que deram a Link é a mesma). O som de uma espada acertando uma parede, o som dos passos de cada personagem, tudo está ótimo. Já a trilha sonora ficou um tanto esquecida... As músicas do jogo não são ruins, algumas são até bonitas e caem bem com o ambiente, mas acabam ficando repetitivas com o tempo, sendo, muitas vezes, utilizadas em várias ilhas diferentes. A música dos calabouços é a mesma no geral, TODOS os calabouços tem a mesma música, o que é uma pena.

E pra fechar?
Phantom Hourglass não é o melhor jogo da história, isso com certeza, mas não deixa de ser um ótimo jogo, perfeito para quem quer interagir ao máximo com seu DS. É bem viciante também, portanto não se assuste ao ver que já passou das duas horas da manhã enquanto você jogava.

Em conclusão, Phantom Hourglass é um título obrigatório para qualquer fã da série Zelda, e também para qualquer um que tenha um Nintendo DS, não só por ser um Zelda, mas também por causa da força que o jogo tem quando se fala em manter alguém jogando.

Visite o site oficial (em inglês)
3/4 - Muito Bom



Um comentário:

  1. orra,foi com esse jogo que a tela de touch do meu DS ganhou seus primeiros riscos!!aquele Eox é o cão chupando manga!!apesar de que,tudo que envolve link e o martelo magico,sempre fica bem bolado!!!

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