- O começo de tudo
No início dos tempos, antes do dilúvio, antes da Calamidade, antes mesmo da formação daquele que seria conhecido como o Grande Reinado de Hyrule, haviam três deusas: Din, a deusa do Fogo, Farore, a deusa da Vida, e Nayru, a deusa da Lei. Unindo seus poderes, e por motivos desconhecidos, as deusas formaram o mundo e as criaturas que nele habitavam. Com seu trabalho feito, as deusas voltaram para os céus, e, no seu ponto de saída, deixaram para trás um artefato tão poderoso quanto era sagrado: a Triforce, capaz de realizar os desejos de quem a tocasse, não importava o quão nobres ou mesquinhos eles fossem.
A Triforce ao ser deixada pelas deusas. |
No entanto... Uma poderosa tribo, que não louvava a Hylia, ouviu falar do poder da Triforce, e, logo, eles se prepararam para guerra. Eram os demônios, liderados pela encarnação do mais puro e vil ódio, conhecido como aquele que trazia a morte, Demise.
Sedento pelo poder infinito que o artefato das deusas anciãs prometia, Demise marchou contra Hylia que, ao saber dos planos do maior de todos os demônios, preparou-se para defender o mundo de sua fúria destruidora.
O poder de Demise, no entanto, era imenso, e muitos dos seguidores de Hylia tremiam apenas em ouvir seu nome. Sabendo bem que ela não seria capaz de impedir que Demise continuasse em seu caminho maligno, Hylia viu potencial em uma tribo fraca e amedrontada, feita em sua imagem: os Hylians. Para salvá-los da perdição, ela os juntou e os enviou para uma terra nos céus, que seria conhecida como Skyloft, onde estariam protegidos da destruição que ali se daria. Hylia, então, se juntou às tribos que ficaram na superfície, e iniciou o combate contra as tropas de Demise.
Hylia e seus servos se preparam para o combate contra o exército de Demise. |
Uma grande guerra se iniciou, e durou por um tempo incalculável. Mesmo com tantas perdas, Hylia foi capaz de banir o poder de Demise e de selá-lo em uma forma bestial e grotesca, prevenindo que ele usasse o poder da Triforce, e que ele causasse maior dano.
O mundo, no entanto, ruiu, com todos os traços da civilização liderada pela deusa arruinados ou completamente apagados. Pior ainda, Hylia sabia que, um dia, Demise retornaria, visto seu imenso e inesgotável ódio pelo mundo, assim como sua gula insaciável pelo poder de ouro.
Foi então que ela se virou para o povo de Skyloft, e para a mesma relíquia que seu inimigo tentou tomar. Hylia entendia que o poder das deusas anciãs não poderia ser usado pelos deuses, e também entendia que apenas aquele poder era capaz de derrotar Demise de uma vez por todas. Foi então que ela traçou um plano.
Usando o que restava de seus poderes, Hylia criou uma espada especial, feita para as mãos de um Hylian, o mais corajoso e mais habilidoso de todos os Hylians, e, a essa espada, ela adicionou um espírito amigável e calculista, o qual ela chamou Fi. Hylia também abdicou de sua imortalidade e divindade, tomando a forma de uma mortal que vagaria na terra quando a hora para realizar seu plano estivesse próxima.
A forma que foi dada a Fi. |
E, assim, formou-se aquela que seria chamada pelo povo da terra dos céus de Espada da Deusa. Foi também assim que se concebeu a primeira de todas as Zeldas.
- O Herói dos Céus
A Espada da Deusa foi entregue ao povo de Skyloft, que a manteve em segredo, e a protegeu, sem nunca realmente entender o seu propósito. Sem nenhum candidato à altura, a Espada da Deusa se manteve dormente durante milênios.
Foi somente quando o mundo começou a se curar que a hora do destino finalmente chegou. No dia de um importante festival, a Espada sentiu a presença de alguém apto para lhe domar, aquele que seria conhecido como o Herói dos Céus, e ela o chamou.
Enquanto isso, a jovem Zelda, ainda ignorante de sua identidade como reencarnação da deusa Hylia, nesse mesmo dia, tornou-se vítima de uma terrível e repentina tempestade, sendo forçada para fora dos céus direto para a superfície. Isso foi impactante para aquele que a Espada pressentiu, e, assim, o espírito Fi foi capaz de contactá-lo e fazê-lo ciente de seu destino.
Demonstrando a mesma coragem que fez com que ele fosse escolhido por Hylia tantos milênios antes, o Herói tomou a Espada em mãos, e seguiu para a superfície, fazendo parte do primeiro contato que o povo de Skyloft teria com a superfície desde o início da mais violenta de todas as guerras.
O Herói dos Céus se prepara para iniciar sua jornada. |
Juntos, eles foram capazes de reencontrar Zelda, mas, para que ela pudesse ser protegida dos demônios que ainda vagavam na terra, foi preciso que eles se separassem no tempo.
Para que pudesse rever a Zelda, o Herói e Fi se viram frente a um novo desafio: era preciso que a Espada da Deusa tomasse outra forma, uma ainda mais poderosa, feita tanto para proteger a luz quanto para banir e selar a escuridão.
Passando por diversos testes de sabedoria, poder e, principalmente, coragem, o Herói conseguiu temperar a Espada da Deusa, tornando-a naquela que se chamaria a Espada Mestre.
O Herói dos Céus com a Espada Mestre em punho. |
Durante sua jornada, no entanto, o Herói e Fi tiveram de enfrentar uma besta ancestral, a mesma que Hylia selou em outrora, e a mesma que uma vez liderou os exércitos sombrios em busca de poder ilimitado. Antes que tal criatura tivesse uma chance de retornar, o Herói conseguiu ultrapassar a barreira do tempo, e se viu jogado no passado, pouco depois de Hylia começar seu plano.
Ele se reencontrou com Zelda que, agora ciente de seu papel, e de sua verdadeira identidade, dá à Espada Mestre uma onda final de poder, deixando-a capaz de banir as trevas. No entanto, Zelda entende que ela precisa se selar para que possa manter a besta que um dia foi Demise completamente imóvel e inofensiva. Ela requer, então, que o Herói encontre a Triforce e a utilize para salvar o mundo.
Após uma grande busca, e com a ajuda sem preço da Espada Mestre, o Herói encontra a Triforce, e, com seu poder, ele destrói o Demise bestial que atormenta o seu mundo. Isso é capaz de quebrar o selo de Zelda, mas, não de impedir que os demônios, agora liderados pelo pomposo Lorde Ghirahim, capturem-na.
O Herói entra em confronto com o Lorde, mas, apesar de sair vitorioso, ele não consegue impedir que o mesmo traga de volta Demise. A situação se torna ainda mais grave quando Demise, ainda em sua forma bestial, devora o que restou da divindade de Hylia, retomando, assim, seu poder original.
Admirado tanto com o poder da Espada Mestre quanto com a coragem do Herói dos Céus, Demise o desafia para um duelo em um campo de batalha à parte do tempo e espaço. Graças à Espada Mestre e a sua própria habilidade, o Herói sobrevive ao terrível confronto e, como toque final, Fi consegue selar a entidade de Demise dentro da Espada Mestre até o fim dos tempos.
Sua tarefa concluída, Fi entra em um sono profundo e eterno na Espada Mestre, e o Herói e Zelda, agora sem nenhum resquício da deusa que ela antes foi, se juntam para formar uma nova sociedade da superfície.
- O Herói do Tempo
Os séculos se passam, e novos Heróis se formam durante o tempo, enfrentando a ameaça de um terrível Mago dos Ventos, conhecido como Vaati. No entanto, uma nova profecia se forma, dessa vez falando de um novo Herói, capaz de controlar o próprio tempo, que enfrentaria um mal ainda pior do que tudo que já se tinha visto.
Como que se preparando para este momento, a família real do reinado de Hyrule, formada a partir dos descendentes da reencarnação de Hylia, selou a Espada Mestre em um lugar conhecido como o Templo do Tempo, e apenas alguém que tivesse controle sobre o Tempo seria capaz de entrar. Somando a isso, a localização da Espada foi dada a sete grandes Hyruleanos, que seriam conhecidos em outras eras como os Sete Sábios, e eles juraram proteger a lâmina com sua vida, se necessário.
Rumores passaram, e muito aconteceu, mas a Espada se manteve silenciosa, à espera de seu novo mestre. Durante o ataque do Rei dos Ladrões, Ganondorf, uma criança entrou no Templo e, usando uma misteriosa Ocarina, ganhou acesso à Lâmina Lendária.
O ainda jovem Herói do Tempo puxando a Espada Mestre de seu pedestal pela primeira vez. |
Aquele era, sem dúvidas, o Herói do Tempo, mas, seu corpo ainda era tão jovem para um destino tão pesado... A mente do novo Herói foi então selada, para que fosse liberta sete anos depois, com seu corpo já desenvolvido e pronto para os combates que ele teria de travar. Enquanto tal selamento ocorria, no entanto, não havia ninguém para impedir que o Rei dos Ladrões tomasse o poder; não demorou muito para que as trevas dominassem o reino de Hyrule, com Ganondorf, agora o Rei do Mal, no centro de tudo.
Graças aos sacrifícios e testes do Herói dos Céus, não foi necessário fortalecer a Espada Mestre, que já estava com todo o seu esplendor, mesmo tendo ficado dormente durante séculos. Somada à habilidade e sabedoria que o Herói do Tempo já possuía, foram reunidos aqueles que tomariam o lugar dos Sete Sábios de outro tempo, e o mundo foi libertado dos flagelos de Ganondorf, o qual a Espada Mestre reconheceu como a nova forma que o Ódio de Demise assumiu naquele tempo.
O Herói do Tempo enfrenta o Rei do Mal. |
Ao invés de ser selado dentro da Espada, como ocorreu outrora, Ganondorf foi selado pelo poder dos Sete Sábios.
É neste ponto que o tempo em Hyrule assume três caminhos diferentes, com a Espada Mestre tendo destinos diferentes.
Em um tempo, ela cai junto do Herói, mas é resgatada e guardada na terra onde o Herói foi criado.
Em outro tempo, ela é deixada para trás pelo Herói, que retorna para o passado, e adormece novamente, para ser acordada pelo próximo escolhido, ou, neste caso, o próximo jovem de grande valor e coragem.
No entanto, em outro momento, ela nem ao menos é acordada, já que o Herói do Tempo consegue usar o conhecimento que adquiriu em sua jornada para impedir que o Rei do Mal sequer ataque o povo de Hyrule.
Em todos os casos, a Espada Mestre mantém sua importância para o povo de Hyrule, e se prova essencial para lidar com o ódio interminável de outrora.
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