Piadas à parte, espero que vocês achem o artigo, no mínimo, bacaninha.
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Jogar The Wind Waker é uma aventura por si só, já que você sai por aí, desbravando o desconhecido, e tendo que preencher o seu mapa para saber onde ir.
Toda essa sensação simplesmente lembra o período das Navegações, quando os perigos do Oceano Atlântico eram, de fato, desconhecidos. Os marinheiros da época, sempre tão aterrorizados com seja lá o que podia acontecer, mal viam um tubarão ou um polvo nadando pelos mares que já piravam e saíam contando histórias sobre os infames monstros gigantes. Inclusive, tem um mapa muito, mas muito, legal, chamado de Carta Marina (muito provavelmente você já ouviu falar), que mostra um pouco a visão que o pessoal da época tinha dos perigos dos mares.
Gosto de pensar que isso foi considerado pro The Wind Waker, que possui um mar tão vasto e cheio de mistérios...
Uma coisa que chama a atenção em The Wind Waker é que ele é, praticamente, o único Zelda que não deixa você ficar nadando por muito tempo. Isso talvez seja para que o jogador não invente de sair nadando o oceano inteiro sem se utilizar do barco, mas eu, que me recuso a aceitar a lógica, acho que podemos imaginar que existe algo mais ali...
Como todos nós sabemos, o Great Sea (ou Grande Mar, como eu gosto de chamar) é o lar das mais variadas criaturas, algumas amigáveis e muitas hostis. Já que estamos no meio de um período que exige que eu escreva alguma coisa (faça ela sentido ou não), vamos analisar as criaturas que habitam o Grande Mar e desenhar um paralelo com os monstros que as pessoas imaginavam na vida real. Através delas, podemos entender melhor o mundo de The Wind Waker, ver como ele se encaixaria como história de marinheiro e, quem sabe, melhor analisar as criaturas que habitam as ilhas em um artigo futuro.
A primeira criatura que pode ser encontrada dentro do Great Sea é aquele peixe com cara de gente. Chamados de "Fishman", um dos nomes mais criativos já concebidos pelas mentes por trás desses nomes (só que não), essas criaturas conhecem bem o Grande Mar, e são capazes de desenhar um mapa relativamente detalhado da ilha do quadrante onde vivem (com a boca).
Uma das coisas que mais me chama atenção neles é a grande sabedoria que eles, tão gentilmente, compartilham conosco. Muito do que eles falam geralmente é tratado como rumor, e se fala de tesouros fantásticos ou de criaturas ou fadas, além de avisos e precauções. O jeito de falar é que me gama. Eles falam de coisas com essa pitada de sal, como se aquilo fosse ou não verdade. É como se, no fundo do mar, eles ouvissem todo tipo de história e, vendo que você está viajando pelo mundo, decidem compartilhar o que sabem. Gosto de ver isso (eu sei que já falei essa frase várias vezes!) como aqueles papos de marinheiro, que dizem que viam um capeta saindo de dentro do oceano e as pessoas, estando no calor do momento, acreditam e se deixam levar pela história. A diferença é que, em Zelda, isso é tudo verdade!
Que eu esteja lembrando esses são os únicos habitantes do oceano que serão amigáveis com você. Todo o resto quer a sua cabeça em uma bandeja de prata...
O segundo bichão que, talvez, sei lá, você poderá ver em suas aventuras pelos mares será o Seahat, ou um grupo todinho deles (o que, infelizmente, é mais provável). E, vou dizer, ê bichinhos chatos... Mas, ei, também temos os irritantes Gyorgs, aqueles tubarões que só aparecem para ser chatos! Putz, tem até Octoroks que atiram bombas em você!
GYOOOOOOOOOOOOooorg! Você só não é mais chato do que o outro Gyorg! |
Para o Link, no entanto, nenhum deles é exatamente um problema considerável. Mas, se você parar para considerar, vai perceber que o garoto tem mais recursos do que um exército em um barquinho tão pequeno. Ele tem uma quantidade quase infinita de bombas, o barco dele pode pular sozinho, ele tem habilidade com os mais diversos tipos de armas e tem controle absoluto sobre o vento. Agora, imagine a tripulação comum, de um navio comum, dando de cara com um desses bichos. Certamente bastaria um deles pra deixar todo mundo pirado. O problema é que essas criaturas gostam de se locomover em grupos (especialmente os Seahats). Poxa, se os navegadores dos séc. XV e XVI tivessem essas coisas na cabeça, só imagino o caos e o terror que seria sair por aí navegando.
Se você parar pra pensar, esses três inimigos, apesar de incovenientes, realmente não vão muito longe, todos eles desenhando paralelos com criaturas da vida real (peixes voadores, tubarões e polvos). Acho que, de todos os habitantes do Grande Mar, os monstros realmente problemáticos são as criaturas gigantes, leia-se, os Big Octos.
Esses monstros talvez sejam a melhor forma de representar os medos dos navegantes do passado: são criaturas gigantes, cheias de tentáculos, que surjem no meio de uma tempestade e sugam o barco do infeliz que chegar perto (embora tudo o que eles façam é cuspir você longe).
Esse papo todo mostra como The Wind Waker, mesmo que de forma relativamente sutil (pelo menos para a minha cabeça) , consegue capturar tão bem a sensação de navegações do passado. Digo isso apenas analisando as criaturas do oceano. Imagina só se nós fôssemos ver o pacote completo: piratas, fadas e diversas outras criaturas.
E esse é o papo de hoje. Você acha que Wind Waker acerta em mais alguma coisa? Achou essa postagem uma perda de tempo? Ou acha que tudo o que eu disse aqui faz sentido? Deixe seu comentário!
Para ler mais:
- The Wind Waker HD - Artworks
- Desenvolvimento de personagens: Moblins
- O pior de Hyrule: Inimigos chatos
Zelda Wiki é o melhor lugar pra pegar artwork, sabiam? É! As imagens do Gyorg e do Big Octo vieram daquele lugar lindo!
Achei essa versão GIGANTE da Carta Marina na Wikipédia. Imagem show, né?
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