Fiquei sabendo ainda na quinta-feira (dia 28) que o The Minish Cap tinha entrado em uma promoção na eShop.
Como eu ainda tinha alguns dólares sobrando na minha conta (restos da compra do maravilhoso Monster Hunter 3 Ultimate), fiquei pensando se deveria comprar mesmo o jogo, ou beneficiar Earthbound ou, quem sabe, Breath of Fire (que eu também queria pegar e que estava na promoção). Pensei no assunto, mas, no fim, o vencedor foi The Minish Cap.
Preparei tudo e comecei a jogar tranquilamente, já que, finalmente o semestre da faculdade está chegando ao fim (sim, eu sei que é quase fevereiro), e eu tinha um tempo livre para aproveitar.
Pois bem, pela primeira vez desde 2013, eu acho, comecei a jogar The Minish Cap novamente, e, surpresa, surpresa, o jogo continua tão bacana quanto antes. Na verdade, foi, também, uma boa oportunidade para descobrir que eu podia manter o manual do jogo aberto no Gamepad enquanto eu jogava na TV (coisa que, talvez, já tivesse aparecido pra mim quando comprei o Mario & Luigi: SuperStar Saga, mas, que, por um motivo ou outro, acabei esquecendo).
A razão pela qual eu estou escrevendo este artigo é simples: muita coisa aconteceu desde a última vez que eu joguei The Minish Cap (se não me engano, a última vez que eu, de fato, TOQUEI no jogo foi para escrever os detonados daqui do blog), então, tanto tempo depois, fiquei imaginando como eu reagiria ao jogo caso o pegasse novamente. Estou fazendo exatamente isso, agora.
A boa notícia é que, bom, minhas impressões gerais do jogo continuam as mesmas: The Minish Cap ainda é MUITO divertido. A notícia melhor ainda é que, com a praticidade de estar jogando em um console de mesa (que me permite uma tela bem maior e coisas do tipo) e com o aumento de meu tempo, estou podendo jogar por sessões mais longas, explorando mais do jogo, fazendo coisas que eu não fazia antes, e, no geral, me colocando para explorar e ir mais além.
Fazendo isso tudo, eu comecei a perceber que poderia acessar certos itens bem mais cedo do que eu imaginava, adquirindo e conseguindo já dois corações extras logo até o segundo calabouço do jogo.
A maior disposição e tempo (e não precisar ter que anotar tudo o que faço a cada cinco passos, devo admitir) também me fizeram explorar caminhos novos. Por exemplo, logo ao fim do segundo calabouço, me coloquei a ver a cidade de Hyrule (aquela lá no centro de tudo) de novo, e tentar pegar TUDO o que dava pra pegar naquele momento. Explorei pra burro, olhei todos os cantos, e, inclusive, me meti a ficar pequeno e ver que lugares eu poderia ou não visitar: disso, eu consegui um pedaço de coração em um momento bem apropriado, além de ter liberado vários caminhos e ter feito coisinhas pequenas que eu só me preocuparia bem depois.
Por conta do save state do Virtual Console (que permite que você volte ao jogo logo do último ponto que você parou), torna-se mais conveniente ir aos lugares mais afastados, sem ter de se preocupar em salvar a cada nova descoberta.
Outra coisa que comecei a fazer com mais frequência foi parar e ouvir o que os outros personagens têm a dizer. Pra que isso? Bom... Fazia muito tempo que eu não jogava algo como Zelda, pra parar o tempo todo e ficar lendo e ouvindo cada pedacinho de informação que possa aparecer. Agora, finalmente tenho como fazer isso de novo, e, putz, tem uns detalhezinhos bem interessantes.
Sai muita besteira da boca dos personagens, verdade, mas, também, tem várias outras coisas legais, algumas que fazem menção a eventos futuros, um pouco de curiosidades gerais, e, na verdade, sai até dica de como funciona a hierarquia social de Hyrule. Não estou exagerando, dá pra montar uma boa ideia de como as coisas funcionam no universo do jogo, só de ouvir os NPC's falando (ou... ler, no caso desse jogo).
É também interessante notar que alguns elementos mais comuns de Zelda não estão no jogo, como a Triforce e a Master Sword. Não é o primeiro jogo a se afastar desses pontos, mas, bom, achei interessante mencionar de todo jeito. O coitado do Ganon também nem dá as caras, então... Se bem que, se você for de acordo com a linha de tempo oficial, ele nem EXISTE ainda.
Mas, puxa, enquanto eu estou me divertindo em The Minish Cap, é inegável que alguns problemas vieram à tona. No caso, que eu esteja me lembrando agora, o mais gritante deles é a questão das Kinstones.
Embora não exatamente um problema em si, as Kinstones podem ser meio chatas. Não só foi difícil arranjar algumas no começo do jogo, como eu precisei sair caçando algumas delas para poder aproveitar os eventos do jogo, e fazer algumas combinações cedo. Como alguns de vocês devem saber, alguns itens do jogo só podem ser adquiridos até certo ponto: caso você não consiga, já era, perdeu. Só que, por conta da raridade das benditas Kinstones, encontrar uma certa (em especial azul, ou vermelha), pode ser um baita pesadelo... Por vezes, dá sorte, mas, na maioria das vezes, você tem que aceitar o fato de que vai ter que sair por aí caçando.
A outra parte chata que me vem à memória é aquela coisa das Mysterious Seashells, que você pode trocar para conseguir uns figurinos (uma coisa que, como eu descobri depois, foi uma mecânica herdada do Wind Waker, embora funcione de maneira muito diferente). O processo, em si, não é tão mal, mas, a execução é um pouco monótona... Ainda bem que fazer e COMPLETAR isso não libera mais do que um pedaço de coração e um sound test. Percebo agora que essa parte das Mysterious Seashells, junto da máquina que você usa para conseguir os Figurines, seria perfeita para o "Pior de Hyrule", então, vou reservar meus comentários... Por enquanto...
Mesmo com minhas reclamações (que são mais pessoais do que qualquer coisa), está sendo ótimo revisitar The Minish Cap depois de tanto tempo. É um baita jogo, tido como um dos melhores do GBA e, como um Zelda, é incrivelmente competente. Ele diverte, tem uma boa atmosfera, e sua identidade é incontestável, mesmo que ele utilize vários elementos do Four Swords.
É um jogão, pra finalizar.
Mais sobre The Minish Cap:
- Comunidade do Miiverse
- Top Zelda Portáteis
- Análise do Hyrule Map
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