sábado, 10 de janeiro de 2015

Kno-Yo-Smash-Bro - Mario & Luigi: Superstar Saga (Mario/Luigi)

Então, vamos começar hoje uma coluna nova! *ovação*

O objetivo dessa coluna é bem auto-explicativo. Através de algumas edições, nós vamos falar dos jogos protagonizados por personagens do Super Smash Bros. (por isso esse nome tão esquisito). Se o personagem apareceu como lutador no Smash, é provável que ele ganhe um artigo aqui.
Eu sei que isso parece um pouco com a coluna Jogos Zeldásticos, mas eu achei que seria bacana destacar esses em particular, já que são todos relacionados com o Smash (diferente da outra coluna, onde falamos de jogos que não estão naquela lista).

Eu espero que você goste da coluna a seguir:

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Mario é melhor do que Bom Bril, porque ele serve pra praticamente tudo. Quer um jogo de plataforma? BAM! Jogo de plataforma. Quer um jogo de corrida? BAM! Jogo de corrida. Quer jogo de QUALQUER GÊNERO? Mario consegue fazer um bacana pra você. E a pior parte é que praticamente todo gênero de videogame já passou pelo encanador, e o encanador vira clássico em todos eles, mesmo que só uma vez...

Apesar da infinidade de gêneros, existem dois em particular nos quais a influência do Mario é tão grande que criou várias séries. Os de plataforma e os de RPG. Pra deixar essa introdução curta, vale dizer que é de um RPG que vamos falar.



Atualmente, existem três séries do encanador dentro do gênero de RPG. A primeira delas surgiu láááá no Super Nintendo, sob o nome de Super Mario RPG. A segunda surgiu no Nintendo 64, chamada de Paper Mario. E a terceira, que é a que iremos destacar aqui, é a excelente Mario & Luigi, vinda do GameBoy Advance em 2003.
Apesar das duas primeiras séries terem doses bem mais altas de drama (com Paper Mario podendo fazer qualquer marmanjo chorar), o que realmente caracteriza a série Mario & Luigi é o intenso bom-humor.


O primeiro jogo da série foi Mario & Luigi: Superstar Saga, e conta a história de quando uma feiticeira maligna chamada Cackletta (ou Caqueta... Calckksetú... hã?) roubou a linda e pura voz da nossa amada, linda e pura princesa Peach. No lugar da voz original, Peach ficou com um "vocabulário explosivo", o que faz sentido... Para ajudar a princesa nessa hora altamente incomum (e um pouquinho inconveniente, até para os padrões do Mushroom Kingdom), Mario se candidata para ir até o BeanBean Kingdom, lugar onde Cackletta está escondida, para recuperar a voz de sua... uhh... amada? Não, falando sério agora, a Peach é só amiga do Mario ou o que? MAS, para isso, o herói terá de contar com a ajuda de seu temível inimigo, Bowser, e de todo o seu arsenal Koopa. No meio do caminho, o coitado do Luigi acaba sendo jogado na confusão toda, e ele e o irmão passam a explorar o novo território, enfrentando novos tipos de inimigos e... OK, vou parar aqui antes que vire sessão da tarde.

Apesar do meu resuminho aí de cima dar uma noção, ele não chega nem perto da glória que é o enredo do jogo. Como eu disse antes, a história é muito bem-humorada, e, na maioria das vezes, dá a entender que você está vendo uma comédia. Muitas linhas são engraçadas e tudo, mas o grande foco vai para os irmãos protagonistas.
Como é de praxe, Mario não fala uma palavra sequer, se comunicando através de caras e gestos. Para essa série, foi feito o mesmo com Luigi. Diferente da série Paper Mario, Luigi aqui é silencioso como Mario, mas bem mais divertido também. Iremos entrar em detalhes nesses dois em alguns instantes...
Antes de entrarmos em detalhes sobre nossos heróis, vamos dar uma olhada nos vilões, sim? Ficarei só nesses dois grupos porque, caso contrário, isso aqui ficaria longo pra burro, e tudo o que quero fazer é dar uma vista por cima.

Primeiramente, falemos de Fawful. Fawful é o parceiro de Cackletta, e é um dos melhores representantes de Engrish que existem. Você já ouviu algo como "I HAVE FURY!"? Se sim, foi ele quem inventou. O estilo de falar do personagem é muito chamativo, e é tão exótico que gera risadas só por isso mesmo. Ele é um tanto psicopata e pirado, mas é esse o jeitinho especial que ele usa para nos cativar. Quanto love...
Essa loucura dele (melhor observada pelos seus ~lindos~ versos) foi o que lhe rendeu material suficiente para que ele fosse bem aproveitado dentro do universo Mario. Não direi no que, mas só direi que é muito legal.

Já Cackletta ganha pontos só por existir. Ela é bem clichê em termos de vilania e personalidade, mas seu estilo (sua risada característica, bem marcante, por exemplo) e seus truques compensam. Ela parece ter estudado na mesma escola de psicopatas do Fawful, se não tiver ensinado a ele. Digo isso porque ela, apesar de não ter o mesmo carisma verbal, tem algumas ações bem doidas, e algumas de suas reações são simplesmente impagáveis. Como primeira vilã de uma nova série, ela é excelente também.

Agora, falemos dos nossos heróis. Todo mundo já conhece o Mario e o Luigi, e muitas das coisas que conhecemos deles vem daqui. O Mario é o seu típico herói com senso de justiça: corajoso, não para a nada, mesmo na face do perigo, para proteger aqueles que ama. Luigi é exatamente o oposto: o gatinho assustado, que literalmente não consegue se mexer só de ouvir falar em perigo. Esse contraste nos dois irmãos é o grande foco, e a grande cobertura de chocolate do bolo que é a narrativa. Como nenhum dos dois fala frases completas, limitando-se a apenas MARIO ou LUIGI (ou as frases típicas: Mamma Mia, Let's-a go, etc.), eles se comunicam apenas com gestos, e o bom e velho humor pastelão mudo entra em ação. As cenas em que os irmãos interagem entre si são, simplesmente, geniais. Quando aquelas duas personalidades entram em choque, é quando você vê a melhor parte do jogo...


No geral, isso é uma coisa que vem se tornando rara em RPG's dos dias atuais, nos quais os protagonistas tornam-se apenas avatares dos jogadores. Por mais que a ideia seja boa, é sempre ótimo ver um personagem mais independente, especialmente desse jeito. E tem mais, que é o melhor de tudo: diferente da série Paper Mario, nesse jogo os dois realmente se comportam como irmãos. É algo sutil e não muito na cara, mas é possível ver bem de boa o amor fraternal de Mario e Luigi, o que é um baita ponto positivo.

O jogo também conta com algumas participações bem... especiais....
Mas, ei, eu estou aqui só falando de história, história e história! E quanto ao jogo mesmo? Eis a boa notícia: é muito show, também. A premissa é parecida com os outros RPG's do Mario: batalhas em turno, pressione o botão na hora certa para atacar com mais força, ou acerte o inimigo da maneira tal para ter uma vantagem. Coisa básica. Mas, existem dois novos detalhes: primeiro, você agora tem dois personagens para controlar manualmente ao mesmo tempo: Mario e Luigi; segundo, você pode desviar completamente dos ataques dos inimigos, sem receber dano, ou danificando ELES no processo. Isso mostra que, além de só aumentar de nível e montar uma estratégia básica para tudo, você ser bom ou não, na verdade, depende de habilidade. Não significa que você não deve pensar, também... Certos inimigos só são derrotados com certas habilidades, e é necessário usar as ferramentas à sua disposição para conseguir abrir mais do mundo ao seu redor. O gerenciamento de itens também é importante, já que eles podem salvar sua vida em vários momentos, especialmente quando você ainda está aprendendo os padrões dos inimigos e se vê aberto a levar muito dano.


Esse modo de batalha frenético, como você pode ter percebido, requer que o jogador fique prestando atenção no que está acontecendo o tempo todo, para melhorar as suas chances de vitória. Mas a melhor parte disso não são as mecânicas, não, não... A melhor parte é... Quer saber... Só ouve:



Essa é a música de luta mais contagiante que eu já ouvi em toda a minha vida! Ela dá energia, coloca seu corpo no mesmo ritmo, e você começa a dançar como o Mario ou o Luigi quando ela começa! Isso é um dos bons pontos da trilha sonora do jogo: ela faz um trabalho excelente. As músicas do jogo conseguem ser memoráveis, melódicas e atmosféricas no momento de exploração, e rápidas, contagiantes e impecáveis nas lutas.

Uma coisa parecida são os gráficos. Estamos falando de um estilo cartunesco difícil de bater, que deixa tudo muito bonito, mesmo olhando agora, uns 12 anos depois. É muito doce-de-olho, pra ser sincero, e isso é uma coisa boa. As cores vivas ajudam a deixar os cenários mais bonitos, assim como as animações fluídas deixam tudo mais suave e bacana de ver; boa parte do humor vem delas, inclusive! Fora isso, todos os personagens, todos MESMO, tem rostos bem definidos e muito expressivos, que ajudam na autenticidade das cenas.  O mundo fica mais vivo e memorável, também. A direção de arte tem um brilho inegável, podendo até ser um tanto bizarra e medonha às vezes, quando a necessidade aparece.
Existe só um ponto, digamos, problemático no jogo, e que acontece uma única vez no jogo inteiro, e ele acontece por causa da perspectiva.

Em termos de progressão, não espere muitas buscas opcionais. Existe a possibilidade de explorar os lugares para conseguir mais moedas, equipamentos e coisas assim, mas side-quests mais profundas são bem raras, pelo menos pelo que eu pude ver. O foco inteiro do jogo parece ir para a história, e a história apenas, mas, considerando o quanto ela é divertida, e o quanto ela tem de variedade (de novo, sem spoilers), a linearidade não é tão ruim assim... É um jogo que vai direto ao ponto, e faz o possível para deixar o jogador entertido, e, digo logo, ele consegue quase sempre.

O legado desse jogo aqui continua até hoje, com duas sequências incríveis para o DS, e uma para o 3DS (até agora). Todos os jogos da série continuam com o mesmo bom humor, enquanto adicionam detalhes novos à jogatina (como o uso de quatro personagens em um e o protagonismo de Bowser em outro) e mantendo o estilo tão característico. Se você é um daqueles que quer se aprofundar melhor na "mitologia" do Mario, ou está a fim de pegar algo diferente de Zelda, eu digo que Superstar Saga é ótimo para começar. Inclusive, o jogo já deu as caras pelo Virtual Console do Wii U, então é uma boa pedida para quem não tem acesso ao GBA, ou quer jogar numa tela maior.
Resumindo tudo o que eu falei até agora, é um ótimo jogo de Mario e um puta RPG. Vale a pena pegar esse. E, se você curtir, dá uma olhada nas sequências, elas não desapontam!

Acho até que fãs de Zelda devem gostar da exploração e do estilo geral do jogo. É uma joinha. Hashtag lóvi. E se vocês querem tanto uma nota... Eu digo que é... Uhhh... Não sei. Qualidade Mario / 10...? Ah, sei lá, o jogo é bom e é difícil pra caramba pensar em algo de verdadeiramente ruim... Experimentem, vocês não vão se arrepender!

Fontes das imagens!
gfaqssb.wikia
themushroomkingdom.net
Wikipedia

Para ler mais!
- Jogos Zeldásticos #2 - Pandora's Tower (Wii)
- Os melhores rumores de Zelda - The Valley of Flood
- Super Smash Bros. for 3DS - Primeiras Impressões

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