Eis um título que inspirou gerações. Talvez não exista nenhuma série tão amada e tão inspiradora no mundo dos videogames. A série Zelda possui uma enorme legião de fãs, e com bons motivos. Sendo um dos principais trunfos da Nintendo (depois de Super Mario), a série sempre alçou altos voos, com jogabilidades revolucionárias, controles precisos, histórias intrigantes e envolventes, músicas marcantes e belíssimas, e personagens inesquecíveis.
Cada novo título que era anunciado gerava grandes expectativas (juntos de uma certa polêmica) e com razão. Sempre soubemos o que esperar de Zelda, ou, pelo menos, achávamos que sabíamos. Para nossa sorte, todos os títulos já lançados de Zelda foram satisfatórios de alguma forma e, quase sempre, nos entregavam o que nós queríamos.
Nossas ansiedades sempre eram atendidas e, muitos de nós ao menos, ficamos nos perguntando o que aconteceria com a série nos consoles de mesa depois de Twilight Princess. De fato, houve silêncio por parte da Nintendo durante os anos de 2007 e 2008. Apesar de, no meio tempo, termos encontrado diversão em Phantom Hourglass, um novo Zelda de mesa deveria nos ser mostrado. Passou 2007... passou 2008... Chegamos em 2009 e, na GDC '09, fomos surpreendidos por Spirit Tracks. Sim, um novo Zelda estava a caminho, mas não era um Zelda de mesa. O silêncio se alastrou até a E3 2009 quando, durante a Mesa Redonda, foi encontrada (por uma foto tirada por uma câmera espiã) uma interessante artwork.
A artwork era bem intrigante no momento. Link, como vocês podem observar, estava usando seu escudo na mão esquerda, mas ele não possuía nenhuma espada consigo. No entanto, ele estava acompanhado de uma garota que (como provaram os fãs) possuía uma gigante semelhança com a Espada Mestre, além de parecer muito com uma das Fadas de The Wind Waker. Claro que a especulação rolou solta, afinal, Miyamoto e cia. não revelaram muitos detalhes a respeito. Tudo o que sabíamos era que o título, talvez, utilizaria o Motion Plus, acessório que aumenta a sensividade e capta mais movimentos do Wii (deixando-os 1:1).
Mais uma vez, o silêncio dominou. No entanto, a especulação em Zelda Wii (título do jogo no momento) foi deixada de lado por conta da preocupação com o trem de Spirit Tracks. Claro, houveram rumores, tremores e tudo o mais que você poderia esperar.
Tivemos de aguentar, até a E3 2010, quando o jogo, de nome "Skyward Sword" nos era totalmente revelado, com um trailer excelente para nós.
Apesar da demonstração dos controles do jogo, que obviamente se mostravam inovadores e muito, mas muito, realistas, Skyward Sword começou com uma bela duma controvérsia dentre os fãs. Mais uma vez, muitos estavam decepcionados com o visual, chamado de "infantil". Não, fãs de Zelda nunca aprendem...
Skyward Sword, mesmo em seu primeiro dia, se mostrava como algo que, realmente, nunca havíamos visto antes. Óbvio que o maior atrativo que víamos eram os controles. No entanto, em março desse ano, eu escrevi um artigo inteiro sobre eles, que você confere clicando aqui, então não é preciso entrar em muitos detalhes novamente.
As informações que recebemos na E3 2010, tais como a necessidade do Wii Motion Plus, nos mostraram só a ponta do Iceberg que é Skyward Sword. Naquele momento, com as afirmações dizendo que Skyward Sword teria muitas diferenças nos fez ficar duvidosos sobre o que realmente nos esperava. Até mesmo o começo de um artigo da Nintendo Power: "You THINK you know what to expect..." provava que, talvez, estivéssemos errados.
Depois da E3 2010, o silêncio mais uma vez nos dominou. Skyward Sword ficou marcado em nossas memórias, e não sabíamos quando poderíamos desfrutar do título. O ano virou, chegamos em 2011 e, logo de cara, nos deparamos com um novo trailer do jogo na GDC '11. O trailer era ótimo, mas não nos mostrou muito, além de alguns novos inimigos e uma ideia de alguns outros lugares, além de uma curta olhada em um personagem misterioso.
Só foi na E3 2011, que vimos a verdadeira face de Skyward Sword.
Finalmente conhecíamos os pontos mais essenciais do título. Sua mecânica de voo, seus controles, parte de seu enredo, os principais personagens, tudo o que realmente nos importava finalmente era apresentado.
Os três dias da E3 2011 foram repletos de vídeos de jogabilidade, muitos off-screen. Um dos mais interessantes nos apresentou o Silent Realm, mundo no qual Link deveria pegar itens enquanto se escondia dos guardiões (uma mistura de Twilight Princess com Phantom Hourglass).
No mais, a E3 2011 foi a mais proveitosa que este singelo mapa pôde observar até o momento. Pode-se dizer até que tivemos uma overdose do título.
Enquanto junho foi um mês muito interessante, o mesmo não pode ser dito de julho. Apesar de uma singela aparição de Skyward Sword na comic-con (que nos mostrou um personagem Goron), não tivemos muito além disso, além, é claro, de diversos comentários, que nos revelavam detalhes como o tempo médio de jogo.
Agora, Agosto fora um mês feliz para muitos, pois, neste mês, nos era revelada a data de lançamento do jogo! Dia 20 de Novembro era algo muito mais satisfatório de se ouvir do que "vem nessas férias". Pouco depois, nos era anunciado também o Bundle da edição especial, que vinha com o Controle Dourado e um CD com as músicas da série orquestradas. Agora, a partir das observações de fãs muito atentos, foi-se descoberto que a capa do jogo tinha algo escondido. Foram encontradas notas musicais disfarçadas, deu-se uma observada nelas e deu para tirar uma bela música. Nesse período também as atenções começavam a girar em torno da Game Informer, cuja próxima edição traria novos detalhes do jogo.
Em Setembro, vimos prévias e detalhes; em Outubro, a coisa começou pra valer. Imagens e vídeos eram mostrados aos montes. Sempre mais e mais detalhes dos calabouços e locais que Link visitaria surgiam. A coisa foi tamanha que, para evitar o vazamento de spoilers em excesso, eu aqui decidi parar de mandar algumas notícias no mapa.
Agora, se estávamos tão alegres antes, o final do mês de Outubro se mostrou como incrivelmente compensador, quando as notas do jogo começaram a aparecer. Uma nota 98% da Official Nintendo Magazine, um 10/10 da EDGE, 40/40 da Famitsu, 10 da Game Informer, são apenas algumas das notas que nos foram mostradas no final de Outubro e começo de Novembro. Em resumo, várias notas máximas, alguns 9 e outros 8. Então, quando tudo estava tão perfeito, por assim dizer, a GameSpot aparece com um bombástico 7,5/10,0, ocasionado da falha do escritor da análise que, podemos dizer que, jogou o jogo de forma errada (por essa mesma razão, acreditou que os controles do jogo eram ruins e deu a nota ao jogo). Essa pode ser tida como a última polêmica de Skyward Sword. Além do pobre analista (que, cá entre nós, de pobre não tem nada) ter se tornado no mais novo inimigo público de 90% dos fãs de Zelda, a Nintendo lançou a pouco tempo, um vídeo mostrando como se joga o jogo (sim, chegou a esse ponto).
Durante esses últimos meses, todo o conteúdo revelado mostra que Skyward Sword tem tudo para finalmente destronar Ocarina of Time do título de "Melhor Zelda de todos os tempos". E, dessa vez, não existe tanta controvérsia a esse respeito.
Hoje, dia 20 de Novembro, é o tão aguardado dia. Finalmente o Zelda que ameaça o trono de Ocarina of Time está conosco. Depois de anos de aguardo, Skyward Sword está entre nós, e saibamos que muito sucesso aguarda o mais novo episódio da franquia.
"May the way of the Hero lead to the Triforce"
Escrito por: Davi Mendes Freitas (Tiranofarl)
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