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domingo, 18 de dezembro de 2011

Freshly Picked! Tingle's Rosy Rupeeland - Primeiras impressões

Quando joguei Majora's Mask pela primeira vez, há mais de cinco anos, e encontrei Tingle, o vendedor de mapas extremamente útil, eu nunca imaginei que ele conseguiria um título só para ele. Imaginem minha surpresa quando, em 2009, me deparei com o jogo de Tingle no qual ele saía por aí caçando mulheres. Descobri então que o homem-fada tinha recebido um jogo no passado, também para o DS. Recentemente, consegui pôr minhas mãos em "Tingle's Rosy Rupeeland", ou melhor, ontem eu comecei a jogar o dito título. Depois da quebra, minhas primeiras impressões do dito jogo.

Quando eu liguei meu DS, com esse joguinho em mãos, admito que não fazia ideia do que esperar... A curiosidade em jogar esse jogo falou mais alto do que qualquer outra coisa. Uma coisa era certa, eu não esperava muita coisa. Até porque, eu sabia que o jogo não chegaria nem perto das aventuras vividas por Link.

Vi a curiosa tela título e iniciei.

Admito que fiquei surpreso por ver que eu teria de colocar meu nome. Por estar acostumado por coisas desse tipo, decidi colocar o nome "Tingle" (é o nome do personagem não é?). Para meu espanto, o jogo me impediu de usar o nome, dizendo que o mesmo não podia ser usado... ainda. Pensei "mas que diabos de nome eu devo colocar então?! O nome dele não é Tingle?!". Coloquei meu nickname, Farl, e o jogo foi.

A história do jogo é uma daquelas bem loucas. Tingle (ou seja lá qual é o nome verdadeiro dele) estava em sua casa, sem nada pra fazer, quando ele ouve uma voz, dizendo a ele que vá para a piscina do oeste. Ele obedece e, chegando lá, ele se depara com um homem com a cabeça na forma de Rupee. Esse cara, então, lhe fala das maravilhas de um paraíso chamado "Rupeeland", que só pode ser encontrado se muitos e muitos rupees forem jogados na dita piscina. No meio do diálogo, ele diz que o homem de 35 anos agora será chamado de Tingle, e lhe dá a famosa roupa (aquela na qual sempre vemos ele). Ele também diz que os Rupees não são só o dinheiro, mas também a vida de Tingle! Depois de mais papo, ele vai embora. Logo ao sair da piscina, Tingle recebe uma ligação, na qual ele conhece sua "parceira" Pinkle.


OK, agora vamos falar dos aspectos do jogo. Primeiro de tudo, olhem para Pinkle (na tela superior). Por acaso, ela parece uma personagem de Zelda para você? Vejamos, a única roupa que vejo ela usar (além do chapéu) é um biquini, ou seja lá o que for aquilo. Não só isso mas... Aquilo é uma tatuagem...?! Bom, mas esses pontos não são nem um pouco preocupantes. O mais preocupante de tudo está na voz utilizada. Assim como em muitos jogos de Zelda, você ouve um pouco da voz de cada personagem, através de grunhidos, gritos, sustos, e outros. No caso de Pinkle, decidiram colocar uma voz dizendo coisas como "Oh!", ou "Yeah...", de forma bem obscena.
No entanto, seria muito bom se fosse só Pinkle que apresentasse esse detalhe. Muitos dos personagens do jogo são extremamente esquisitos. Alguns deles nem parecem ter vindo do universo de Zelda, e outros parecem ter saído diretamente do programa South Park. Alguns deles conseguem ser mais obscenos do que os gemidos de Pinkle, sendo o melhor exemplo que vi até agora o Construtor de Pontes. O dito, depois de consertar uma das pontes quebradas, fica empolgado e começa a fazer passos de dança que são o suficiente para deixar qualquer um... "assustado".

Mas, tem aquela, o jogo abusa muito de coisas high-tech. Na casa de Tingle, logo, você encontra um computador gigante em forma de DS, no qual ele conversa com Pinkle, para salvar o jogo ou receber conselhos. Sem falar que ela se comunica com ele vez ou outra através de um comunicador. Onde quero chegar é: tem certeza de que esse personagem pertence ao mesmo mundo de fantasia medieval que Link? Tem certeza disso...?!

OK, vamos olhar por pontos realmente técnicos...



Começando pelos gráficos... Tingle 1 é bonito. Isso, eu não posso negar. O jogo tem um visual bom, com animações naturais e fluídas, sem falar que nada mostrado na tela parece estar fora de contexto. O visual cai bem com o jogo, e não força muito. Ouso até dizer que o visual é um tanto parecido com o visto nos "Mario & Luigi" do DS. A animação de Tingle é boa também, embora seja muito estranha (especialmente seu modo de andar).

Vamos dar uma rápida olhada na trilha sonora. Pelo que eu já ouvi, posso chegar à conclusão: a música de Tingle 1 não é boa, mas também não é ruim. Eu diria que está apenas cumprindo seu papel e está lá. Embora muitas vezes, você passe a maioria do tempo ouvindo só o sons da natureza, o pouco tempo de música existe e está lá, em algum lugar.

Muito bem, acho que dá pra dizer que deixei o pior por último. Uma coisa básica nos jogos da Nintendo é que todos eles, ou pelo menos a boa maioria, tem uma jogabilidade, no mínimo, interessante. Muitos jogos da Nintendo são fáceis de se jogar e, caso as coisas sejam complicadas, o jogo lhe ensina de forma tão sutil e competente que você aprende a fazer na primeira, na segunda ou na terceira tentativa. Infelizmente, não é o caso de Tingle 1.
Primeiro, devo lembrar que o dinheiro que você carrega não é só dinheiro, é também sua vida. Perca todos os seus rupees e o jogo acaba. Por conta disso, você tem que ter muito dinheiro no seu bolso.
É aí que está o problema. Conseguir dinheiro nesse jogo não é tão fácil quanto você imagina. Existem três formas de se conseguir dinheiro.

1. Vendendo itens
2. Ajudando pessoas e fazendo seu preço pela ajuda
3. O modo tradicional: derrotando inimigos

O problema é que todos os três modos são problemáticos. No caso, conseguir itens é difícil porque você terá de lutar contra monstros, na maioria das vezes, para consegui-los, o mesmo vale para o terceiro modo. Assim, chegamos a onde eu queria. O sistema de combate do jogo.


Se já ouve um sistema de combate confuso em qualquer título relacionado a Zelda, foi em Tingle 1. O modo de luta não se relaciona com apertar botões, nem em usar a Stylus, se relaciona com tocar o inimigo e torcer para não se machucar muito. Apesar de a animação da luta ser bastante cômica, não há muito a se fazer a respeito. Você terá de lutar e, sempre que você se machuca, você perde Rupees. Parece que ficar cutucando a nuvem com a Stylus faz a luta ir mais depressa, mas eu não vi diferença. Você também pode pagar por guarda-costas para lhe ajudar nas lutas, o que deixa as coisas mais fáceis, mas gasta seu dinheiro de qualquer forma.
Lutar dá a chance a você de conseguir itens, mas não deixa de arrancar algum dinheiro de você... Conseguindo itens, você pode misturá-los seguindo receitas que você achou ou comprou (já já chego lá), para transformá-los em itens melhores, que podem ser vendidos a um preço muito mais alto.

Agora, para conseguir receitas, ou melhor, para falar com muitos dos personagens, você terá de pagá-los! Todo personagem deve ser pago para falar alguma coisa, seja ela importante ou não. O problema? Os preços nunca são mostrados e você deve adivinhar o que pagar. Pague demais, você recebe a informação, mas perdeu dinheiro, pague de menos, você não recebe a informação e tem de pagar a quantia exata depois, mesmo já tendo doado algum dinheiro. Que jogo cruel. Rupees são sua vida, mas você tem que gastá-los para prosseguir...

Pra finalizar com os ataques, eu devo dizer que o jogo, diferente da aventura de Link, Phantom Hourglass, no mesmo console, é extremamente cansativo. Jogando Phantom Hourglass ou Spirit Tracks, eu sou capaz de passar horas a fio, jogando. No caso de Tingle, passo 20 minutos, e já estou cansado de jogar.


Mas, antes que você pense que o jogo só tem coisas ruins, calminha aí! Por mais incrível que pareça, Tingle 1  tem lá seu charme e coisas bem interessantes.

A primeira parte legal do jogo é a forma de fazer itens. Você pega os ingredientes, joga-os na panela da cozinha da casa de Tingle, e usa a Stylus para misturá-los. É uma tarefa bem simples e rapidamente você pega o jeito, mas é divertida.

Outro ponto é o bom-humor do jogo. Um exemplo foi quando eu estava na... Hero's Shrine (?!), e, ao resolver um quebra-cabeça, Tingle e seu Guarda-costas puxaram um som que, assim que apareceu, tocou a música de conseguir itens tão famosa de Zelda. Não vou mentir, passei uns dois minutos rindo, tamanha era minha surpresa. Alguns dos diálogos do jogo, no geral, também são divertidos.

Fazer mapas, ou pelos menos, algo assim, também está presente. Ao encontrar um mapa, geralmente incompleto, você pode sair por aí e circular áreas ou objetos que não estão no mapa para adicioná-las a ele. Talvez esse seja o ponto mais divertido do jogo. Tingle apareceu pela primeira vez como um vendedor de mapas, não foi?

Pra fechar aqui, eu posso dizer que, Tingle 1 não é um jogo lá tão bom quanto poderia ser. A dependência em excesso ao dinheiro é um problema frequente e, creio eu, que a adição de uma barra de vida teria deixado o jogo um pouco mais interessante...
Também posso dizer que não faço questão de terminar o jogo. A única coisa que me mantém jogado é a curiosidade de saber o quão mais louco esse jogo pode ficar.

E outra, se você é economista, esse jogo é pra você, ou não...

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